terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Bom Natal e bom Ano de 2009 ...



Para vocês com muitas saudades! Boas férias!

Beijinhos!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O absurdo

Imagens de Escher

"O absurdo é a razão lúcida que constata os seus limites."
Albert Camus

sábado, 13 de dezembro de 2008

Para vós,com amizade ...

Foto de Armando Palhau

"A amizade é uma alma com dois corpos."
Aristóteles

sábado, 8 de novembro de 2008

Saudades


é isso que sinto ...

sábado, 20 de setembro de 2008

Depois do adeus ...

Imagem retirada da net

Fica a amizade ...


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Sete Palmos chega ao fim ...

O blog Sete Palmos de Filosofia chega ao fim! O seu projecto e concepção fizeram parte de um projecto desenvolvido com turmas do 11º ano de Filosofia no ano lectivo 2007/2008. O nome do blog foi escolhido pelas respectivas turmas, a sua participação, o seu empenho ... como infelizmente estes alunos não terão a disciplina de Filosofia no 12º ano, aqui encerramos este espaço, dando continuidade neste ano lectivo de 2008/2009 ao blog Philost , desenvolvido o passado ano lectivo pelos alunos do 10º ano e que continuará no 11º ano.
Um novo projecto será iniciado para a Área de Integração(11ºano) e Filosofia (1oº ano), os quais serão meus alunos pela primeira vez!

Obrigada pela vossa visita, participação e os outros blogs estão abertos à vossa participação!

Bem Hajam!

domingo, 13 de julho de 2008

Como estão a ser???


as vossas férias? Pois já sei ... ler aqui como o nosso amigo nem pensar ... pois é mais praia, mar, bronze, miúdos e miúdas ... pois ... estou a ver ...
BOAS FÉRIAS!!!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Adeus ... não ... até breve

(Foto retirada da net)

Adeus ... o ano lectivo chegou ao fim ... passámos meses juntos ... partilhámos ideias, opiniões, sentimentos, tristezas e alegrias!!! Vocês cresceram comigo e eu cresci convosco ... jamais me esquecerei de vós e convosco fica o meu coração ...

Adeus ... não ... até breve ....


domingo, 1 de junho de 2008

KIERKGAARD - O Estádio Ético



(Desenho retirado da net - anakawaiii)

O homem ético é orientado pelo princípio do dever. Ao contrário do homem estético, não pretende estar “além do bem e do mal”. Não quer ser excepção, deseja sentir-se integrado na sociedade em que vive, respeitar as normas e os padrões comuns: reconhece como sua a moral comum porque o mais importante para ele é sentir-se ligado aos outros homens. O homem ético constrói a sua identidade, identificando-se com as normas ou princípios com os quais a maioria dos homens se identifica. O estádio ético implica a renúncia às atracções passageiras, aos caprichos do impulso sensual, aos interesses egoístas e aos devaneios da fantasia. Viver de forma ética não é fácil e, por vezes, enormes sacrifícios são exigidos.
O protótipo ou o modelo do homem ético é o do homem que aceita o compromisso do casamento. Para Kierkegaard, o homem casado é aquele que realiza uma escolha e que pretende fazer dessa opção uma escolha definitiva, transformando o amor presente em amor de toda uma vida. Escolheu um caminho – cumprir o dever de respeitar o compromisso assumido com quem casou e satisfazer as expectativas da sociedade e da moral estabelecida no que respeita à criação e educação dos filhos. Para o homem casado, é essa a opção fundamental da sua vida, aquilo que lhe dá sentido.
“O hábito, o indefectível hábito, a cruel monotonia, a sempiterna uniformidade, faz da vida doméstica e conjugal um insuportável marasmo.”
Ao frenesim da vida estética o homem ético prefere a estabilidade e, em muitos casos, opta pelo casamento como amor livremente escolhido e baseado no dever. Pretende essa escolha como absoluta e definitiva, mas o objecto da sua escolha nada tem de absoluto, é finito. No plano das relações e das coisas humanas, tudo tem o seu tempo, tudo é precário e imperfeito. Para Kierkegaard, nada há neste mundo que satisfaça o desejo humano de absoluto ou que possa ser objecto de uma dedicação absoluta. A vida estética e a vida ética nada mais são do que falsos substitutos do sentido último da vida humana. A desenfreada procura do prazer e a dedicação empenhada às normas morais socialmente aceites e transmitidas são máscaras que escondem o homem da verdade sobre si mesmo.

domingo, 25 de maio de 2008

KIERKGAARD: PERSPECTIVA RELIGIOSA SOBRE O SENTIDO DA EXISTÊNCIA - O estado estético

(Salvador Dali)


O homem estético orienta a sua vida pelo “princípio do prazer”, isto é, pela procura do prazer, do que é agradável aos sentidos. O modelo do homem estético é o sedutor, o Don Juan, mas, embora o prazer da conquista e do gozo sexual seja o mais intenso e o mais procurado, a vida estética pode também consistir na entrega a fins temporais como o poder e o dinheiro.

O que há de comum entre os diversos indivíduos com preocupações diferentes para que consideremos que adoptam uma forma de vida estética?
Vivem para o momento imediato, para o instante que passa e, identificando a repetição com o aborrecimento, rejeitam voltar a fazer a mesma coisa. O homem estético é dominado pela imaginação e pela fantasia: sonha com estados de alma sempre novos, desejando que cada experiência agradável seja uma absoluta novidade. Para ele, a arte de viver consiste em escapar à monotonia do “já visto”. Esta obsessão pela novidade, pela diferença, implica uma mudança constante e a negação de qualquer compromisso ou fidelidade, seja a uma mulher seja a um ideal social e político. Tudo isto, mais instituições como o casamento, a família e uma ocupação profissional rotineira, são insuportáveis, impõem restrições, reprimindo a procura do prazer.

Este amor à novidade tem o seu reverso: a satisfação do prazer em determinado caso é sempre seguida de insatisfação. A dinâmica infinita do desejo, o querer que seja sempre mais intenso, transforma cada desejo satisfeito em melancolia e aspiração a nova experiência satisfatória. Múltiplas experiências, dispersão na procura do prazer e permanente insatisfação com o prazer atingido. O sedutor Don Juan, que termina no desespero e na perdição. À medida que o homem que assim vive se torna consciente da futilidade e inconsistência da sua vida e deixa de valorizar uma existência determinada pelas inclinações e caprichos sensoriais, o desespero instala-se.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Do suicídio

(Imagem retirada da net)


Existem pessoas que perante as calamidades da vida empregam o remédio fatal, o suicídio. É uma espécie de morte que propuseram a si próprios, raramente se aventuram a procurar outra solução , conseguindo reunir tanta determinação, de modo a executar o seu propósito. O nosso horror à morte é tão grande que, quando esta se apresenta a um homem sob qualquer forma que não aquela com a qual ele se esforçou por reconciliar a sua imaginação, esta adquire novos terrores e supera a sua débil coragem. Por isso o homem deambula entre dois pensamentos, por um lado o medo da morte; por outro, a vontade de acabar com a sua própria vida. Mas, quando olhamos para o que diz a religião logo vemos o poder surpreendente que esta tem, privando os homens de todo o poder sobre as suas vidas, pois afirma que a morte, ou o poder de decidir entre a vida e a morte só pertence a Deus e não ao homem. Isto é válido para o suicídio como para questões tão importantes como a eutanásia, que tem feito correr muita tinta pelos tribunais mundiais. Vamos examinar todos os argumentos comuns contra o suicídio e mostrando, de acordo com as opiniões de todos os filósofos antigos, que essa acção pode estar livre de qualquer imputação de culpa ou censura. Se o suicídio é um crime, tem de ser uma transgressão do nosso dever em relação a Deus, aos nossos semelhantes ou a nós próprios. De modo a provar que o suicídio não é qualquer transgressão do nosso dever em relação a Deus, as seguintes considerações talvez sejam suficientes. (Adaptação do texto de David Hume, Do suicídio)

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O absurdo da existência ou a existência do absurdo?

(Foto retirada da net)

Qual o significado da existência humana? Será a prática do bem ou do mal? Se olharmos para o que se passa no mundo, se olharmos para as atrocidades que são cometidas nos vários países, se olharmos para o passado e presente da Humanidade e pensarmos nos maiores crimes contra os seres humanos ... não será isto tudo o absurdo da existência ou a existência do absurdo?

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Para além do real ...

(Foto retirada da net)

Será que o sentido, o "destino" da nossa existência está para além do real ... está para além do aqui e agora, numa dimensão divina?

O nosso sentido será a comunhão com Deus, a vida eterna?


terça-feira, 13 de maio de 2008

Será ...?

(Foto retirada da net)

Será o amor uma forma de dar sentido a isto tudo? À vida, à morte, ao ódio, à amizade, à dor, ao sofrimento, à alegria ... será?


segunda-feira, 12 de maio de 2008

Qual é o sentido de estar aqui?

(Imagem retirada da net)
Não sei ... e tu sabes?


sexta-feira, 9 de maio de 2008

Quase

(Imagem retirada da net)





Um pouco mais de sol - eu era brasa.



Um pouco mais de azul - eu era além.



Para atingir, faltou-me um golpe de asa...



Se ao menos eu permanecesse aquém......









Num ímpeto difuso de quebranto,



Tudo encetei e nada possuí...



Hoje, de mim, só resta o desencanto



Das coisas que beijei mas não vivi...



(Mário de Sá-Carneiro)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

A Filosofia Existencialista

(Foto retirada da net)







"O Existencialismo é uma corrente filosófica e literária que destaca a liberdade individual, a responsabilidade e a subjectividade do ser humano. O existencialismo considera cada homem como um ser único que é mestre dos seus actos e do seu destino.
O existencialismo afirma o primado da existência sobre a essência, segundo a célebre definição do filósofo francês Jean-Paul Sartre: A existência precede a essência. Essa definição funda a liberdade e a responsabilidade do homem, visto que esse existe sem que seu ser seja definido "a priori". Sartre, após ter feito estudos sobre fenomenologia na Alemanha, criou o termo utilizando a palavra francesa "existence" como tradução da palavra alemã "Dasein", termo empregado por Heidegger em Ser e tempo.
Após a Segunda Guerra Mundial, uma corrente literária existencialista contou com Albert Camus e Boris Vian, além do próprio Sartre. É importante notar que Albert Camus, filósofo além de literato, ia contra o existencialismo, sendo este somente característica de sua obra literária. O existencialismo foi inspirado nas obras de Arthur Schopenhauer, Søren Kierkegaard, Fedor Dostoievski e nos filósofos alemães Friedrich Nietzsche, Edmund Husserl e Martin Heidegger, e foi particularmente popularizado em meados do século XX pelas obras do escritor e filósofo francês Jean-Paul Sartre e de sua companheira, a escritora e filósofa Simone de Beauvoir. Os mais importantes princípios do movimento são expostos no livro de Sartre "L'Existentialisme est un humanisme" ("O Existencialismo é um humanismo"). O termo existencialismo foi adoptado apesar de existência filosófica ter sido usado inicialmente por Karl Jaspers, da mesma tradição.

O existencialismo é um movimento filosófico e literário distinto pertencente aos séculos XIX e XX. Culturalmente, podemos identificar pelo menos duas linhas de pensamento existencialista: Alemã-Dinamarquesa e Anglo-Francesa. As culturas judaica e russa também contribuíram para esta filosofia. O movimento filosófico agora conhecido como existencialismo de Beauvoir. Após ter experienciado vários distúrbios civis, guerras locais e duas guerras mundiais, algumas pessoas na Europa foram forçadas a concluir que a vida é inerentemente miserável e irracional. Para muitos, autores como Heidegger ou Kierkegaard foram também existencialistas, sendo que em torno das suas teses se constituíram correntes ainda hoje vivas. O existencialismo não morreu de facto, pelo contrário, continua a produzir, quer na filosofia, quer na literatura, ou mesmo no cinema.

Os temas existencialistas são férteis no terreno da criação literária, nomeadamente na (literatura francesa), e continuam a exibir vitalidade no mundo filosófico e literário contemporâneo.
As principais temáticas abordadas sugerem o contexto da sua aparição (final da Segunda Guerra Mundial), reflectindo o absurdo do mundo e da barbárie injustificada, das situações e das relações quotidianas ("L'enfer, c'est les autres", Sartre). Paralelamente, surgem temáticas como o silêncio e a solidão, corolários óbvios de vidas largadas ao abandono, depois da "morte de Deus" ( Nietzsche). A existência humana, em toda a sua natureza, é questionada: quem somos? O que fazemos? Para onde vamos? Quem nos move?
É esta consciência aguda de abandono e de solidão (voluntária ou não), de impotência e de injustificabilidade das acções, que se manifesta nas principais obras desta corrente em que o filosófico e o literário se conjugam.
Apesar de muitos, senão a maioria, dos existencialistas terem sido ateístas, os autores Kierkegaard, Karl Jaspers e Gabriel Marcel propuseram uma versão mais teológica do existencialismo.
O existencialismo não é uma simples escola de pensamento, livre de qualquer e toda forma de fé. Ajuda a entender que muitos dos existencialistas eram, de fato, religiosos. Pascal e Kierkegaard eram cristãos dedicados. Pascal era católico, Kierkegaard, um protestante radical e defensor dos ensinamentos de Lutero. Dostoiévski era greco-ortodoxo, a ponto de ser fanático. Kafka era judeu. Sartre realmente não acreditava em força divina. Sartre não foi criado sem religião, mas a Segunda Guerra Mundial e o constante sofrimento no mundo levou-o para longe da fé, de acordo com várias biografias, incluindo a de sua companheira, Simone de Beauvoir. Curiosamente, Sartre passou seus últimos anos de vida explorando assuntos de fé e dedicação com um judeu ortodoxo. Apenas podemos imaginar suas conversas, já que Sartre não as registrou.
Para os existencialistas cristãos, a fé defende o indivíduo e guia as decisões com um conjunto rigoroso de regras. Para os ateus, a ironia é a de que não importa o quanto você faça para melhorar a si ou aos outros, você sempre vai se deteriorar e morrer. Muitos existencialistas acreditam que a grande vitória do indivíduo é perceber o absurdo da vida e aceitá-la. Resumindo, vivemos uma vida miserável, pela qual você pode ou não ser recompensado por uma força maior. Se essa força existe, por que os homens sofrem? Se não existe, por que não cometer suicídio e encurtar seu sofrimento? Essas questões apenas insinuam a complexidade do pensamento existencialista.

A existência precede a essência
É um conceito da corrente filosófica existencialista. O frase foi primeiramente formulada por Jean-Paul Sartre, e é um dos princípios fundamentais do existencialismo.
O indivíduo, no princípio, somente tem a existência comprovada. Com o passar do tempo ele incorpora a "essência" em seu ser. Não existe uma essência, alma, "a priori".
Com esta frase, os existencialistas rejeitam a ideia de que há no ser humano uma alma, ou espírito, já incorporada desde o princípio da sua existência. Esta "essência" será adquirida através da sua existência. O homem define a sua realidade.
Em 1946, no "Club Maintenant" em Paris, Jean Paul Sartre pronuncia uma conferência, que se tornou um opúsculo com o nome de "O Existencialismo é um Humanismo". Nele, ele explica a frase, desta forma:
"... se Deus não existe, há pelo menos um ser, no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem ou, como diz Heidegger, a realidade humana. Que significa então que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente é nada. Só depois será, e será tal como a si próprio se fizer."

"O homem está condenado a ser livre"
Com essa afirmação vemos o peso da responsabilidade por sermos totalmente livres. E, frente a essa liberdade irrestrita, o ser humano se angustia, pois a liberdade implica em fazer escolhas, as quais só o próprio indivíduo pode fazer. Muitos de nós ficamos paralisados e, dessa forma, nos abstermos de fazer as escolhas necessárias. Porém, a "não acção", o "nada fazer", por si só, já é uma escolha; a escolha de não agir. A escolha de adiar a existência, evitando os riscos, a fim de não errar e gerar culpa, é uma tónica na sociedade contemporânea. Arriscar-se, procurar a autenticidade, é uma tarefa árdua, uma jornada pessoal que o ser deve empreender em busca de si mesmo.
Os existencialistas perguntaram-se se havia um Criador. Se sim, qual é a relação entre a espécie humana e esse criador? As leis da natureza já foram pré-definidas e os homens têm que se adaptar a elas? Esses homens estiveram tão dedicados aos seus estudos que tornaram-se anti-sociais, enquanto se preocupavam com a humanidade.
Kierkegaard, Nietzsche e Heidegger são alguns dos filósofos que mais influenciaram o existencialismo. Os dois primeiros se preocupavam com a mesma questão: o que limita a acção de um indivíduo? Kierkegaard chegou à possibilidade de que o cristianismo e a fé em geral são irracionais, argumentando que provar a existência de uma única e suprema entidade é uma actividade inútil. Ele acreditou que o mais importante teste de um homem era seu compromisso com a fé apesar do absurdo dessa fé.
Nietzsche, frequentemente caracterizado como ateu, foi sobretudo um crítico da religião organizada e das doutrinas de seu tempo. Ele acreditou que a religião organizada, especialmente a Igreja Católica, era contra qualquer poder de ganho ou autoconfiança sem consentimento. Nietzsche usou o termo rebanho para descrever a população que segue a Igreja de boa vontade. Ele argumentou que provar a existência de um criador não era possível nem importante.
Na verdade, Nietzsche valorizava e exaltava a vida como única entidade que carecia de louvor. Prova disso é o eterno retorno em que ele afirmava que o homem deveria viver a vida como se tivesse que vivê-la novamente e eternamente. A implicação disso é uma extrema valorização da vida, imaginemos cada segundo, cada minuto vivido igualmente e eternamente? E quanto à Igreja, Nietzsche a condenava pois é um traço das influências de Paulo de Tarso na sociedade contemporânea; ele era sim ateu, e para ele, dentre os inteligentes o pior era o padre, pois conseguia incutir nos pensamentos do rebanho, fundamentos falsos, exteriores e metafísicos demais, que só contribuíam para o afastamento da vida. Encontramos essas críticas em O Anticristo.

O Indivíduo versus a Sociedade
O existencialismo representa a vida como uma série de lutas. O indivíduo é forçado a tomar decisões; frequentemente, qualquer escolha é uma escolha ruim. Nas obras de alguns pensadores, parece que a liberdade e a escolha pessoal são as sementes da miséria. A maldição do livre arbítrio foi de particular interesse dos existencialistas teológicos e cristãos. Dando o livre arbítrio, o criador estava punindo a espécie humana na pior maneira possível.
As regras sociais são o resultado da tentativa dos homens de limitar suas próprias escolhas. Ou seja, quanto mais estruturada a sociedade, mais funcional ela deveria ser.
Os existencialistas explicariam por que algumas pessoas se sentem atraídas pelas carreiras militares baseando-se no desafio de tomar decisões. Seguir ordens é fácil; requer pouco esforço emocional fazer o que lhe mandam. Se a ordem não é lógica, não é o soldado que deve questionar. Deste modo, as guerras podem ser explicadas, genocídios de massa podem ser entendidos. As pessoas estavam apenas fazendo o que lhe foi dito.


Há duas linhas existencialistas famosas, quer de impulsionadores, quer de existencialistas propriamente ditos.
A primeira, de Kierkegaard, Schopenhauer, Nietzsche e Heidegger é agrupada intelectualmente. Esses homens são os pais do existencialismo e dedicaram-se para estudar a condição humana. A segunda, de Sartre, Camus e Beauvoir, era uma linha marcada pelo compromisso político. Enquanto outras pessoas entraram e saíram, esses sete indivíduos definiram o existencialismo.
O filosofar Heideggeriano é uma constante interrogação, na procura de revelar e levar à luz da compreensão o próprio objecto que decide sobre a estrutura dessa interrogação, e que orienta as cadências do seu movimento: a questão sobre o Ser.
A meta de Heidegger é penetrar na filosofia, demorar nela, submeter seu comportamento às suas leis. O caminho seguido por ele deve ser, portanto, de tal modo e de tal direcção, que aquilo de que a Filosofia trata atinja nossa responsabilidade, vise a nós homens, nos toque e, justamente, em todo o ente que é no Ser.
O pensamento de Heidegger é um retorno ao fundamento da metafísica num movimento problematizador, uma meditação sobre a Filosofia no sentido daquilo que permanece fundamentalmente velado.
A Filosofia sobre a qual ele nos convida a meditar é a grande característica da inquietação humana em geral, a questão sobre o Ser.
Heidegger entende que a Filosofia é nas origens, na sua essência, de tal natureza que ela primeiro se apoderou do mundo grego e só dele, usando-o para se desenvolver.
O caminho que Heidegger segue é orientado pela procura de renovar a temática do Ser na Filosofia ocidental. Todavia, ele constata que nunca o pensamento ocidental conseguiu resolver a questão sobre o Ser." Retirado da Wikipédia

terça-feira, 6 de maio de 2008

Olhar ao espelho ...

(PORTRAIT OF LUCIAN FREUD - FRANCIS BACON - 1965 )
Quantas vezes nos olhamos ao espelho e tomamos consciência da nossa própria finitude, da nossa miséria humana, da nossa condição insignificante ? Quantas vezes? Mas, mesmo assim continuámos a considerar-nos mais que tudo e todos ... somos tanto e tão pouco ... é pena termos tão pouca consciência disso!


domingo, 4 de maio de 2008

Poema à mãe

( Leonardo da Vinci, Madonna and Child with St Anne)


"No mais fundo de ti

Eu sei que te traí, mãe.


Tudo porque já não sou

O menino adormecido

No fundo dos teus olhos.


Tudo porque ignoras

Que há leitos onde o frio não se demora

E noites rumorosas de águas matinais.


Por isso, às vezes, as palavras que te digo

São duras, mãe,

E o nosso amor é infeliz.


Tudo porque perdi as rosas brancas

Que apertava junto ao coração

No retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,

Talvez não enchesses as horas de pesadelos.


Mas tu esqueceste muita coisa;

Esqueceste que as minhas pernas cresceram,

Que todo o meu corpo cresceu,

E até o meu coração

Ficou enorme, mãe!
Olha - queres ouvir-me?

-Às vezes ainda sou o menino

Que adormeceu nos teus olhos;


Ainda aperto contra o coração

Rosas tão brancas

Como as que tens na moldura;


Ainda oiço a tua voz:

Era uma vez uma princesa

No meio do laranjal...


Mas - tu sabes - a noite é enorme,

E todo o meu corpo cresceu.

Eu saí da moldura,

Dei às aves os meus olhos a beber.


Não me esqueci de nada, mãe.

Guardo a tua voz dentro de mim.

E deixo as rosas.


Boa noite.

Eu vou com as aves. "


Eugénio de Andrade, Os Amantes sem Dinheiro


quinta-feira, 1 de maio de 2008

Degrau a degrau ...

(Gaudi, Escada da Sagrada Família- Barcelona)

A vida é como uma escada, subimo-la degrau a degrau até atingir o Infinito ...

qual Infinito ... isso depende no e do que cremos ...


quarta-feira, 30 de abril de 2008

A dor

(Frida Kahlo - imagem retirada da net)

A dor, o sofrimento, a morte, a angústia dá-nos uma visão diferente da vida e do que queremos fazer com ela.


terça-feira, 29 de abril de 2008

Na minha procura ...

(Salvador Dali)

"Na minha procura de respostas à questão da vida senti-me exactamente como um homem que está perdido numa floresta.
Cheguei a uma clareira, subi a uma árvore, e tive uma perspectiva desobstruída do espaço sem fim à minha volta. Mas eu podia ver que não havia casa alguma nem poderia haver; regressei à floresta espessa, às trevas, e uma vez mais não via casa alguma — só as trevas.
Assim vagueei pela floresta do conhecimento humano. De um lado, estavam as clareiras das ciências matemáticas e experimentais, que me abriam horizontes astutos; mas não encontrava aí casa alguma. Do outro lado, estavam as trevas das ciências especulativas, onde cada passo que dava me mergulhava ainda mais fundo nas trevas, convencendo-me finalmente de que não havia saída.
Ao entregar-me à luz brilhante do conhecimento, só desviava os meus olhos da questão. Por mais claros e tentadores que fossem os horizontes que se abriam perante mim, por mais tentador que fosse afundar-me no infinito deste conhecimento, cedo compreendi que quanto mais claro era este conhecimento, menos eu precisava dele, menos respondia à minha questão." TOLSTOI

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Na corda bamba



(Imagem retirada da net)



Hoje começámos a falar no sentido da existência humana, no sentido disto tudo, quem somos, donde vimos e para onde vamos?


O que é isto da vida, da morte, de dar sentido ou de não o ter ...


Perguntas difíceis ... provavelmente sem resposta ...


apenas uma certeza temos vivemos todos os dias na corda bamba sem saber o nosso fim ...


quinta-feira, 24 de abril de 2008

O Paradoxo da Liberdade


É porque eu sou a minha voz, é porque ela existe minha no instante em que a estou erguendo, que me escapa a sua intelecção. E todo o equívoco do problema da liberdade está aí. Porque a liberdade experimenta-se e nada a pode demonstrar. Demonstrá-la exigiria que estivéssemos fora de nós, porque na própria demonstração estamos sendo o homem livre cuja liberdade desejávamos provar. Assim essa tentativa, como disse, é tão absurda como pretender a intelecção de uma língua fora de uma qualquer língua. Porque enquanto entendo uma língua, estou sendo aquela língua dentro da qual estou entendendo a outra. Quanto estou tentando entender a minha liberdade estou sendo quem sou na intelecção disso que sou. Eis-nos pois remetidos para o limiar de nós próprios, para o absoluto da escolha antes da escolha, para a identidade incompreensível entre o ser que é o nosso e a escolha desse ser.
Que tem que fazer aqui a razão? Somos livres, como sabemos na consciente vivência do acto de ser consciente. Somos livres, como o sabemos da possibilidade de se ser e de se saber que se é, da infinita e infinitesimal diferença entre mim e mim, entre ser-se o que se é e o saber-se que se é esse ser, da infinitesimal diferença entre o ser que é o nosso e o ter querido ser esse ser. Mas do estar-se sendo quem se é e do paralelo saber-se que se é e se quis ser esse ser, não é possível arrancarmo-nos nem para sermos outro ser diferente daquele que se quis ser, nem para entendermos como e porquê o que nos faz querer ser o que somos, nos fez de facto querer ser esse ser. Porque quando queremos isso e nos colocamos pois antes disso, já estamos sendo esse isso. Assim a intelecção da liberdade oscila perpetuamente entre a afirmação gratuita dessa liberdade e de um rigoroso determinismo. É-se livre quando se é quem se é; mas sermos quem somos é termos de ser esse que somos, já que não podemos ser quem não somos. Assim essa liberdade é ininteligível e sem fundo, pólo da nossa infinitude, significação-limite do sermo-nos. Vergílio Ferreira, in 'Invocação ao Meu Corpo'

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Impacto ambiental



Será a destruição de florestas moralmente aceitável?

Será que temos alguma obrigação moral de preservar o meio ambiente?

Haverá algo de errado com a extinção das espécies?

Será que é moralmente aceitável pôr termo ao desenvolvimento industrial dos países pobres porque isso aumenta os níveis de poluição?

terça-feira, 22 de abril de 2008

Inteligência artificial


O filme que estamos a analisar e a reflectir ... respondendo às seguintes questões:

Será que os computadores, por muito que evoluam e por mais sofisticados que se tornem os seus programas nunca conseguirão pensar realmente?

Ou será possível que, com os programas certos, um computador muito mais avançado do que os actuais seja consciente e tenha uma vida mental com pensamentos e até emoções?

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Espectacular!!!!

(Imagem retirada da net)

Para vocês!!!! As vossas apresentações deixaram-me sem palavras, a vossa imaginação superou tudo!!! Isto é merecido!!!


Olá!



Pois é meus lindos, cá estamos nós noutra plataforma a fazer Filosofia ou pelos menos a tentar!!!!


Sejam bem-vindos!!!!!


Agora ninguém nos pará!!!!